NADA SOU
Sou’ilha , porção térrea e mínima de certeza cercada de dúvidas por todos os lados.
Sou anulação, renúncia e desistência do “poderia” em substituição pelo “é”.
Sou débil e tênue alicerce que sustenta o idealizado que não é real.
Sou filmes de sessões promocionais exibidas no meio da semana.
Sou medo perene que acompanha a verdade velada.
Sou silêncio preso da garganta fechada.
Sou leveza abrupta que entrecorta a hegemonia do caos.
Sou o questionamento que pergunta o porquê dos maus.
Sou Fim, abreviando o que era pra ser apenas Final.
Sou segunda opção do que são os meus primordiais planos.
Sou quem se pergunta “errar tanto é humano?”.
Sou quem nem mesmo sei que sou.
Sou indefinição, reticências, dois ponto e abre aspas:
“Sou”.
Apenas Sou.....E ponto final.