NADA SOU

Sou’ilha , porção térrea e mínima de certeza cercada de dúvidas por todos os lados.

Sou anulação, renúncia e desistência do “poderia” em substituição pelo “é”.

Sou débil e tênue alicerce que sustenta o idealizado que não é real.

Sou filmes de sessões promocionais exibidas no meio da semana.

Sou medo perene que acompanha a verdade velada.

Sou silêncio preso da garganta fechada.

Sou leveza abrupta que entrecorta a hegemonia do caos.

Sou o questionamento que pergunta o porquê dos maus.

Sou Fim, abreviando o que era pra ser apenas Final.

Sou segunda opção do que são os meus primordiais planos.

Sou quem se pergunta “errar tanto é humano?”.

Sou quem nem mesmo sei que sou.

Sou indefinição, reticências, dois ponto e abre aspas:

“Sou”.

Apenas Sou.....E ponto final.

uiliam santana
Enviado por uiliam santana em 08/03/2013
Reeditado em 08/03/2013
Código do texto: T4178623
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