O que ninguém vê...
Dizem que o coração não sente o que os olhos não veem. Digo, também, o oposto, pois isto posto refaço a equação: Os olhos não veem o que o coração não crê...
Poderia descrever teu corpo ao deslizar das mãos, mesmo no mais puro breu da noite, até o amanhecer, em carícias loucas e ou compassadas, visto que não passaria qualquer detalhe sensual, curvas, nada... Deixaria para visão do peito, se instrumentar dos dedos, a doce tarefa de desenhar na mente tudo que do coração emanasse e, por mais que linhas e traços ele enviasse, seria a visão mais linda, de claridade tamanha que a todo corpo meu assanharia.
E ninguém mais veria e apenas a mim caberia ter essa imagem tão bela. Os olhos alheios não chegariam a ti desenhar desta prosa, qual a forma que me toca no coração de pulsar enigmático, ele sendo o mágico, responsável por aparição angelical e serena, tuas melenas a deslizar em meu rosto... Eu de olhos fechados, a ti vendo de outra maneira.