Beleza infinita

Beleza infinita

A verdadeira beleza não tem fim, ela apenas se transforma,nova semente em outro jardim.

O problema é que olhos limitados normalmente não conseguem mais vê-la,muito menos aceitá-la ou sequer entendê-la.

O fugaz padrão aprisiona a evolução que precisa viver liberta para que a nova manhã não nasça incerta.

Olhos idosos e cansados ainda trazem aquele brilho de criança, são apenas outro ritmo em uma nova dança.

Rugas e cicatrizes são meras tatuagem da vida, sinal incontestável de cada emoção sentida,marcas de guerra numa pele antes lisa e agora esquecida.

O reflexo do lago pode não mais fazer apaixonar o jovem Narciso, mas de verdade, hoje ou amanhã, é tudo que preciso.

Leonardo Andrade