Pelos mares, Marina

Mary andava tão cansada

Cansada de ser Mary

Ansiando ser Marina

Deixada de lado

"Ah Ainda depois de tanto estrago!"

Viajou para longe

Os mares do norte -

Tão ao sul do seu nome

Ah Marina

Que é Mary

Do mar que respira

O sal da vida!

Encontrou um porto

Nem tão seguro

Se deixou levar

Um pouco para o leste

"Um pouco demais..."

Decidiu mudar o curso.

No oeste de si,

Encontrou uma simples marina

Onde fez parada

Decidiu ficar

"Até quando?"

Ponderou, enfim respondeu:

"Só sei mudar.

Não sou letargia,

Sou adriça, proeira...

Não sou mais Mary,

Agora, sou Marina!"

Veio, então, o noroeste

Inoportuno

Quente e intenso, contudo...

Aqueceu o coração da moça,

Varreu o mundo,

Destruíu tudo,

Em, seguida, desapareceu.

Seca e ressentida,

Marina partiu.

Mais ao sul,

Serenos azuis.

E se aquietou.

Falou espanhol

Viveu portenho

Sorriu

Como há muito não se via,

Faceira, menina.

Tanta doçura

Abrandou Marina.

A tão procurada paz!

Findava a aventura?

Estava, enfim, segura?

Nada se sabe, até agora

Somente, que é dona

Dona da sua sina.

Que é mulher.

Que é menina.

Que é Marina.

Fernanda Bess
Enviado por Fernanda Bess em 22/03/2013
Código do texto: T4202780
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.