O nó insone.

Lágrimas que não dizem tudo.

O amargo que nem sempre se dissolve.

O nó do enredo que só em comum acordo pode ser desfeito.

O silêncio que golpeia quem espera.

O amor que não muda pelas divergências.

A mágoa que grita pelo seu próprio fim.

O respeito à individualidade abalado pelo egoísmo.

Mas o expressar de uma opinião que valoriza um sentimento seria egocentrismo ou apenas honestidade de quem preza por um afeto?

Longa pergunta para uma resposta já conhecida.

O interior se inquieta com o desfeixo em suspensão.

É consenso que amar não é sempre entrar em concordância.

Preza-se pela sensatez de bons ouvidos e o dom das palavras que não dilaceram.

São dois corações que ligados pelo mesmo afeto, descobrem que pensar diferente não é sinônimo de ingratidão.

Percepções que sempre coincidem são fadadas logo a descoberta do fracasso da relação.

Inteligência emocional é um bem altamente laborioso.

É preciso coragem de se sentir e se expressar ao outro que se quer bem.

E não há verdade que mesmo delicadamente expulsa não seja dolorosa bilateralmente.

Mas o início consumado da valorização do sentir alheio desprovido de influências de outros seres já é um bom começo.

É a liberdade de expressar o que se passa em um coração e a impotência de não saber lidar com a angústia de uma reação.

Angela MT Melo
Enviado por Angela MT Melo em 09/04/2013
Reeditado em 09/04/2013
Código do texto: T4231112
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