Regra de Cigana
Jorge Luiz da Silva Alves
Jorge Luiz da Silva Alves
"Tantas vezes fui ao Fogo dos Abusos e tostei sob a labareda da chauvinice, a ponto de sequer enrubescer com as bravatas testiculares dos tempos d'agora. Bato o pandeiro e danço, enlouquecida, para o Atentado que me governa; nas noites de lua cheia, quando convoco o Lobo Negro dos Calores, corro para a rua e uivo, bestializada, para que ele me encurrale na parede e me faça esquecer dos cordeirinhos-metidos-a-homens, bem lanados mas dependentes de pastores, papais e amigos...
Tantas vezes já me queimei nesta porca vida que a prosa da vez é a seguinte:
Sou Cigana-Rainha. Danço em torno de fogueiras. Lido com alcatéias inteiras. E só se meta comigo se quiseres feitiços."
http://www.jorgeluiz.prosaeverso.net
Tantas vezes já me queimei nesta porca vida que a prosa da vez é a seguinte:
Sou Cigana-Rainha. Danço em torno de fogueiras. Lido com alcatéias inteiras. E só se meta comigo se quiseres feitiços."
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