Andarilho das emoções.

No abstrato de meus versos

Declamo sonhos e fantasias.

Mas com toda a realidade

De minh’alma repleta de amor.

Desvendo a minha silenciosa alegria

Na túnica de meus delírios

Feita de cinzas a minha revelia.

Como caixeiro, vago entre flores e espinhos

Acotovelo-me entre as diferenças que havia.

Entre senilidades e amarguras

Refaço minha mocidade, nas diferenças que havia.

Mostro meu próprio ser desnudo

Como amante de passagem

Na manhã da vida, sobre algumas rosas mal desabrochadas.

Como pintores, criam alucinações

Entre criaturas tão bonitas

Reluzem cintilações com êxito intacto

Como atavismo andrógino de doçura

Onde a caridade, vos amortalhou!

Recomponho minhas recordações

Em versos mais amoráveis

Em tuas manhãs!

Sem passado, mas com nosso presente

Digo que o futuro nos pertence

Se “eu” nu, abro os teus olhos

Que palpitam em nosso mundo.

Fernando A. Troncoso Rocha