Solidão.

Vista incerta, que fica dentro do peito.

Punge ali... Lança-se de si...

Oh pobre doida!

Tu és escarlata, na hipnose sombria

Que evoca a louca agonia.

Arrebata nossos pobres corações

Amanso de nós, sonhadores e ingênuos.

És voluptuosa de encontro ao peito

Em múltiplas faces, lívidas das trevas!

Gritas a boca que tu calaste

Na confusão brutal, da vastidão de nossos corações

Caçoa e depena nossas pobres almas.

Valhacouto que estremeço!

Colérico e em lágrimas do amor que me negaste

Saio de ti bêbado e cambaleando

Fervido no esquife, de teu amor que “eu” não quis!

Dou-te tudo! Dou-te até meu orgulho

Em meu suspiro romântico

Em minha cicatriz dolorida

Nesta dor de meu gozo

Sou andrógeno miraculoso de meu desejo

Na benfazeja luz insexual humana de minh’alma.

Fernando A. Troncoso Rocha.