ESTIAGEM.
 
 
 
 
Ser brisa suave é cair na ferida vagarosamente, de um olhar
Molhado de saudade em lágrima, sou brisa suave a escorrer sobre a face,
De uma noite de estiagem em melancolia, quando vagas na solidão
Quero ser revigorante brisa em tuas noites de estio.
 
Ser tua primavera em flores, mesmo quando no calor da seca,
Ao despetalar são levadas como sementes de amor a cair em terra ÁRIDA
Volta à brisa a regar essa terra, e na umidade do orvalho
agasalha a semente, e germina na noite sereno de paixão.
 
Ser brisa na invernada em dias que brumas encobrem, verdejantes
 pastagens, destinada ao sacio, que engorda nos campos novilhos
 em dias de estiagens... Ser brisa ameniza, fertiliza, terra seca de verão,
e fazer renascer um jardim em poesia, na relva viçosa do teu coração.