ESCREVER II

Sempre gostei de escrever, muitas vezes (quase sempre) apenas para mim.

Escrevia sobre tudo e nada, desabafava, chorava meu pranto em forma de letras seladas com as gotas de minhas lágrimas ou saltitantes como o som estridente de meu sorriso; muitas vezes escrevi com o sangue não derramado de um coração em pedaços, ou com o que restava de meus momentos de paixão.

Também escrevia serenamente, falando de amores que deram certo, de encontros amigáveis, ou compulsivamente, quando tudo era cinza e em mim só a solidão restava.

Gosto de escrever, mas não tenho técnica nenhuma, nem estilo definido, sou uma aprendiz atrevida que ousa sentar-se à mesa com os mestres, não por vaidade, mas por uma sede inesgotável de querer aprender sempre e um pouco mais.

Sou uma leitora voraz, uma “escritora”(?) indisciplinada, mas acima de tudo uma amante da literatura, alguém disposta a aprender com qualquer um que possa ajudar-me nesta incansável busca do conhecimento.

E continuo escrevendo, mesmo sabendo que fujo aos rótulos, as definições...

Sou alguém que escreve, apenas. E que gosta de escrever, mas não necessariamente do que escreve.

Ângela M Rodrigues O P Gurgel
Enviado por Ângela M Rodrigues O P Gurgel em 01/04/2007
Reeditado em 14/12/2009
Código do texto: T433634
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