O veneno é depositado num só movimento
percorre vasos sanguíneos e linfáticos
num doce momento...
Armazenado nos linfonodos, sutilmente
o veneno, como um todo
espera...
É conteúdo letal!
Um só movimento e ele se espalha
contudo, não mata!
Fingir de morta, que  o tempo urge...
espera...
A serpente golpeia novamente
o ataque é mortal!
Não são presas...são dentes!
Espasmos de prazer e dor percorrem a espinha dorsal...
espera...
A morte se anuncia 
e ela se contorce, a visão anuvia, e o corpo enverga...
É doce a entrega...
A dança do corpo é sensual!
Em requebros de dor
e prazer intenso
rasteja num frenesí enlouquecedor
É gozo real...




O ANTIDOTO É O IRRITANTE DA SERPENTE.

O antídoto é o irritante da serpente
Por não saber ter sido a fornecedora
Quando morde a vitima é opressora
Nem se quer admite sua falha
Uma víbora de atitudes canalhas
Mata mais por amor do que por ódio
Tudo isto para se apossar do podium.
                    Enaltecida.
Pelo ato de bravura contundente
Sua arma mais precisa esta nos dentes
Comandada por um cérebro doentio
Que parece ficar afoita no cio.
                   Enaltecida.
Troca a pele e mantém sua maldade
Aparenta ter voltado a mocidade
Mas não perde sua face peçonhenta
Sua paixão redunda em perversidades.
                   Enaltecida.
Nas salivas são trocadas energias
Mais mortíferas que a divisão nuclear
Os amores possuem faces enrustidas
Não sabemos em quem podemos confiar
É na fusão que surgirá a nova vida
E a infusão que tem poder de nos matar
Morre em dobre quem se foi antes de gozar.
 
 Miguel Jacó

Obrigada menino Miguel, você enaltece meus singelos versos. Bj!
Nana Okida
Enviado por Nana Okida em 15/06/2013
Reeditado em 16/06/2013
Código do texto: T4343306
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