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SUBMISSÃO À VIDA  
Ysolda Cabral

 
Entre a realidade e o sonho vou vivendo. Um dia bom, um dia ruim, um dia mais ou menos... E a vida segue seu curso sem revelar o destino. Indefesa, sigo. Não há outro jeito! E, em qualquer desfecho, convenci-me que ele não advirá de mim, mesmo que me culpe nos desfechos ruins ou me congratule nos desfechos bons.
 
Ah, os sons! As cores! Os perfumes! Uns me preenchem de alegria, outros de muito medo. São os abstratos concretos, que me revelam onde estou. Entretanto, não me preparam para eles e nem, tampouco, para driblar as dores da saudade, dos desencantos, dos desencontros da realidade quando ela se impõe de maneira inesperada, surpreendente e abrupta.
 
A despeito dessa consciência, ou inconsciência, continuo puro amor na minha infinita e irremediável solidão.  

 
Recife-PE
01.07.2013
Poesia e cheiro de Mar