...‡ A dor das almas amantes ‡...
A noite cravava n´alma, uma dor póstuma. Uma dor incolor, atroz; vazia. A avidez em perdurar-se vivo pela penumbra era tanta, que aos poucos, seu corpo e a negridão tornavam-se somente um.
Senti´aquela dor nostálgica, fatídica, mas mesmo assim, luzente em seu ser. Sua passagem serena tornou-se o mais prestimoso pesadelo, ao presenciar, tal qual um tapa em sua face, os chamados de su´amada aqui na Terra! Seus gritos sibilantes soavam tais quais a última nota d´um violino, rumo ao seu ouvido. Ríspida? Talvez. Chorosa? Exacerbada!
E assim, as mãos plumosas das nuvens enegrecidas munidas a uma força centrípeta, o puxava para a negridão d´universo. E por lá, su´alma zunia feito as asas d´um beija flor. E então, todas as noites, digo, todas as noites de sua pós-vida, su´amada, tal qual o pólen d´uma olorosa flor, o recebia em seus sonhos, para amarem-se incessantes naquela plano superior.