Delicado

Choro, por sentir a pior dor, a da alma.

Derramo em versos uma tristeza infindável a da saudade.

Encolho-me com uma criança perdida, eis um homem domado pelo passado.

Lavo-me em lágrimas, pudera elas levar-me a você, quisera barcos para navegar entre as lágrimas e sobre as nuvens aos quais nos distanciam.

De ti um dia tirei minha força e agora, sinto-me fraco.

Músculos preencheram meu corpo, mas sua ausência me esvaziou.

Denoto-me oco, severo e disperso e nas noites frio, covarde.

Por chorar pelo o que mais me fez feliz, por esmorecer-me por um amor imortal, sem saber imortalizar sua essência.

Para que vivo?

Para cuidar do anjo ao qual me mandas-te, fazê-lo voar como um dia voei.

Criar um homem mais forte do que eu, para que a dor não o derrube como me derrubou.

Eis o idílio que me conserva aqui, estendendo suas mãos para levar-me ao céu.

Enfatizando um pedaço do amor ao qual me levaram; Davi.

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 08/07/2013
Reeditado em 08/07/2013
Código do texto: T4378030
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