EXCESSO DE BAGAGEM

Vejo tantas coisas acontecendo diante de mim, e por mais que eu não queira, eu me envolvo com elas, e assim eu aprendo que devo moderar meus pensamentos, e não mais cometer os mesmos erros, não querer o mal para aquele que me destrata, aquele que tampouco se importe comigo. Tanto que eu gostaria de aprender um pouco mais, e deste pouco aprender que devo aprender perdoar, perdoar aquele que sem motivo algum me maltratou com palavras sem nenhum nexo.

E por isto tantas vezes eu quis me vingar, até desejei a morte destes, ou eu mesmo quis com minhas próprias mãos matar, por não aceitar, ou me encontrar naquele momento irado. Portanto, quero dizer que o perdão promove novos começos, e eu quero recomeçar de novo, sem me importar de quantas vezes eu errei sem me importar quantas vezes me machucaram. Tanto que li em algum lugar que: o perdão envolve desligar-se de erros passados, dos erros que eu cometi, e dos erros que você cometeu.

E isto significa que eu me livro do excesso da bagagem que conduzo. Não adianta transitar com bagagens cheias de culpa, de minhas próprias deficiências, com trouxas plenas de amarguras e ódios, que só me fazem atrapalhar ao andar. Tenho que entender que acima de tudo sou pequeno, e ser pequeno é ser humilde além de tudo, e, sobretudo.

Entendo que para algumas pessoas o que transmito aqui não condiz com o que possa ser de fato, que apenas eu queira me redimir, enquanto estas pensam que vivem num mundo ordeiro, que não cometem faltas, que são justos, e por isso já podem se considerar salvos. Enfim, eu não quero viver num mundo assim, num mundo de ilusão onde o pecado anda junto daqueles que se veem como salvos. Eu quero saber perdoar, porque perdoando sou perdoado, e eu posso amar.