A TV brasileira e o social

Quem lembra quando não havia TV?

As famílias todas muito grandes

Os casais não faziam mais que 'chacanabuchaca'

Os filhos eram stands

De hombridade e amor

A sociedade se enchia com essa bondade.

O grande número de filhos dizia tudo

A mulher embuchava todo ano

Os bruguelos mal saiam andando

A mãe estava prenha de outro

Os cueiros estalando.

Vixe!Era minino de mói!

A casa era cheia que fazia gosto

Não faltava serviço pra fazer

A pareia não tinha tempo nem pra desgosto

Os cônjuges felizes que era uma beleza...!

Não precisavam de mais nada; viviam compostos.

Os passarinhos na gaiola

Cantavam que era uma felicidade...!

A parentada toda a visitá-los com presentes

O 'xixi' do bebê àquela irmandade

Muita canja, na dieta, pra mulher ganhar força

A festa familiar na maior simplicidade.

Tanta paz no viver daquele povo

Não se precisava de muito

Na hora D, chamava-se a parteira

Pouco tempo depois, o choro solto

Corre ali, chama o pai!

E o felizardo com aquela cara de boto!

Às vezes, a alegria era tanta

Mais ainda, se o bebê urinasse pra cima

Ensopando o carão do dono da casa

Aí, sim, esquentava o clima

A branquinha entornava por toda casa

Então, não se necessitava de laranja lima.

Quanta sorte daquela gente de outrora!

A felicidade era uma só

Encher a casa de filhos

Um punhado de amor

Ser macho pra valer

Também, não carecia muito quiproquó.

Lourdes Limeira
Enviado por Lourdes Limeira em 13/08/2013
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