O que fazer?

Eu me assombro com essa recorrente sombra que nos espera e nos alcança no horizonte...

Lá onde tudo é longe e tão cinza, se aproxima esse porvir limite, essa ausência permanente.

Demência de ir seguindo em frente como se gado fosse... tocado pelo cordão-vida.

E essa urgência de nós, a ânsia do querer dentro e perto. Esse marulhar das ondas de nossos oceanos... Nas águas horas livres vou olhando as sobras deixadas para trás, também absorvo essa maresia, esse absinto. Nessas noites que ainda e sempre viram manhãs eu não sei o que fazer com tudo isso, me resta apenas, nesse instante, virar poesia?

Alessandra Espínola
Enviado por Alessandra Espínola em 13/04/2007
Reeditado em 13/04/2007
Código do texto: T447637