Construtor da partida

Ele vaga, procurando madeiras para fazer barcos.

Navega em canoas a procura de algo que o faz sorrir.

Busca madeiras distintas para fazer adagas, ou apenas

vassouras com intuito de varrer as maldades que o cercam.

Mas quem pode saber?

Apenas ele.

Descreve resquícios de dores, transcreve saudade, no entanto, a interpretação paira livremente, não a ponto de ser julgada, apenas respeitada.

Poderás gostar do que ler-lhe, ou não, talvez você mude seu destino,

mesmo que eu desacredite.

Só não o julgue; Poesias podem estar erradas em grafia, mas sentimentos, esses, são transcritos certos, até que o peito o diz o contrário;

Talvez não o diga, pode ser a hora de usar ‘aquela adaga’, ou simplesmente sobreviver com mais uma cicatriz.

Corações podem ser mutilados, até mesmo perfurados,

porém, o que lhe dói é uma carga que o mesmo terá de carregar até a partida, ao qual o levará para o pedaço que o resta.

Eis o pedaço da vida que só terá em morte e,

enquanto faltar-lhe barco, navegará nos estreitos

mares do desejo de amar-lhe.

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 11/09/2013
Reeditado em 11/09/2013
Código do texto: T4476974
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