ACONTECEU NA ESTAÇÃO de: Osmarosman Aedo

Enquanto um rosto desconhecido

Prostrado num banco, ao longo da estação de trem

Que me levará ao destino de minha labuta, chorava,

Digitando perdida uma mensagem num celular,

Meu pensamento varria todos os caminhos

Que pudesse me levar aos PORQUÊS de seu desprezo...

E mais uma vez sem explicações ( pelo menos que coubessem em minha conformidade),

Ainda que sem as lágrimas do rosto na estação

Também digitava romântico e carinhoso mensagens de amor

Que levassem um pouco de mi até sua alma

E retornasse com boas novas como fora um dia

Nos escritos antigos de Jerusalém...

Mas, mais uma vez o silencio imperioso e sentencioso

Glorificou-se com o cair de minha cabeça

Quem por sua vez derrubou meus olhos ao chão,

Enchendo de tristeza um momento que erradamente

Imaginei ser sublime: UMA PALAVRA.

Agora, havia lágrimas demais numa estação

Que o que menos entende é que rostos que passam

Possam chorar de dor ao ver trens chegando, não partindo...