Força instigante do silêncio

De minuto a minuto ela olhava pela janela de sua casa. Estava inquieta não sabia porque. Seus olhos já marcados pela busca sem propósito, tentava mais uma vez encontrar no vazio do seu quintal cores que apenas se traduzia nos recônditos de seu ser. Essa força instigante que tanta a inquietava movia seus pés sempre inesperadamente por ambientes exóticos, as vezes assombrosos, mas sempre inusitados. Ela que sempre se sentiu uma pessoa superlativa não conseguia se ver refletida no espelho e rejeitava sua sombra ate numa poça d'água. E no auge da diferença abismal que se formou entre sua essência e seu desespero ela se vê agora diante de olhos perplexos fazendo novamente o que nunca antes pensara em fazer.

(Fabio junio almeida prates em "Encontrando-se em seu ponto de equilíbrio)