Histórias de sangue.

Na terra dos amaldiçoados

Punge o odor da carne.

Na seiva humana

Entre batalhas, conquistas e fama.

Tudo feito com muito amor!

Liberdade sem liberdade ecumênica

De algum passado remoto

Entre o estático e o dinâmico

No iceberg da humanidade.

No deserto céu quase azul

Fez-se sangrar todo bem oculto

No triste despojo da carne.

Mágicos humanos tristes

Mestres do realismo exato, da maldade humana

Sem dó dos seus!

Criaram ondas intersexual

Na voz do aço a pólvora.

No passado que não habitei, ao presente de meu cântico.

Ah doces civilizações, que me dás o beijo da sombra!

És vermelha, no umbigo ainda placentário.

Esqueceram de teus desejos, de simples humanidade

Há quem um dia tu amavas.

Foram líderes... Foram Deuses... Foram imperadores...

Em suas vidas prodigiosas, da lúcida neblina enganosa!

Por tudo o sempre, a um atributo humano que te faltava

Na janela de teu bem.

Nasce à lápide de quem nunca te olhas!

Ah horizonte imenso, da boca de forno que tu criaste.

Em código morse, transmitindo minhas ultimas mensagens

Na fumaça de meus versos.

Em pranto eu imploro!

Meu Deus... Meu Jesus...

Mas nem eles me consolaram!

Pois vivo na terra dos amaldiçoados

Onde a voz da caridade nos amortalhou.

Virei prostituta, de minhas esperanças murchas

Onde minh’alma, tenta ser o sol claro de algumas multidões.

Fernando A. Troncoso Rocha.