VOLÁTIL de: Osmarosman Aedo

Vem a cor,

Repousa sobre meus olhos

Na intenção de colorir minha penumbra;

Vem o sol

Muito mais desvanecedor que sua crina

Ao entregar-se corpo e alma à noite

E me desteme de um frio;

Vem a chuva

Que umedece a terra,

Capaz de fazer florescer até na mais insólita

Das montanhas e molha meus cabelos

Como fossem raízes de mim;

Vem o ar

Quem brisa, encobre meu corpo,

Que esconde meu rosto

E que me compartilha com a vida

Dando-me este sopro n’alma;

Vem a sombra

Que encanta as silhuetas

Que evocam o silêncio que nada têm de inocentes

E que morrem sem poder nada dizer,

Pois tudo o que a ti veio ainda que:

Terra, sol, chuva, vento e ar, fora tarde demais...

Tuas asas derreteram

Mudando o rumo das histórias na imaginação...

Não há mais o que meu coração doar...

Fechem as cortinas,

Porque este espetáculo, terminou.

Osmarosman Aedo

2.000 e Nós