PERTO DE UM FATO de: Osmarosman Aedo

Seus olhos castanhos claros

Dançavam numa valsa gregoriana espetacular

Dentro de uma caixa ocular distinta,

Como procurasse resquícios de algo que a si

Daria conforto à sua expectativa.

Por sob sobrancelhas

Definidas por um designe

Cílios umedecidos por um rímel leve

Continuavam agora, olhos e mãos

A busca do que não tinha como saber o que seria,

Mas que procuravam, procuravam...

De uma incandescência inexplicável

Estacionava em cada sinal de imagem

Que lembrava-lhe algo aparentemente prazeroso

Tamanha ascensão em seu êxtase.

Os meus, também claros olhos, porém muito longe

De serem assemelhados aos que à minha frente

Eram dois faróis que podiam guiar

Qualquer objeto que se locomovesse

Ainda que na vastidão do universo,

Se perderam encantados no encantamento daqueles

Que nada mais eram que: OLHOS DA ILUSÃO.

Osmarosman Aedo

2.000 e Nós