Sem endereço.
Do lado de cá... Do lado de lá...
Que importa, porque é tudo desconhecido
No silencio enorme, desta linda fantasia.
Tudo é o templo no tempo
Construído ao tempo desconhecido
Na arquiteta vida fantasista.
Doce eterna comunhão, do conhecido desconhecido!
Sublimes mistérios do mundo
Do lado de cá ao lado de lá...
Meu tumulo é conhecido
Pois me carrega ao desconhecido.
Viva a carne nefasta
Que gorgoleja trepida neste mundo.
Na eterna comunhão de minh’alma
Que me enriquece cantando baixinho
Ah doce anjinha!
Que te guardo “eu” nas terras que andei
Podes adormecer, no desejo do conhecer
Neste mundo que “eu” inventei!
Fernando A. Troncoso Rocha