Sublime dor.
Suplício indesejado, pela vida que Deus nos deu
Mas virtuoso, na vontade que tu concebeste.
Doce agonia... Doce dor...
Que nem tua alma purificou
Passas o dia à toa...
Viva a vida à toa...
Adormecido no templo da dor
Que se fez o beco adormecido, de um dia que foi amor!
Um dia era fogueira...
Um dia todos dançavam...
Um dia todos cantavam...
Mas deitado dormi profundamente
Na preguiça de meu amor.
Ah preguiça, que me fez esquecer a alegria, Deus!
Dá-me alegria! Dá-me alegria!
Porque não quero viver na eterna dor.
Quero ser o eterno garoto desvairado
Que beija na boca de quem meditava na dor
Vontade de meu “eu”, viciado em gritar por amor!
Fernando A. Troncoso Rocha.