Árvore da vida

Àquela garota me ensinou a sangrar sem cortar-me,

ela sorria como a vida e me derrubava como a morte,

enquanto eu pensava que a amava ela brincava com

meu sentimentos, eu era frágil e ela tola.

Tudo que sei é que eu era feliz, tornando-me assim

apenas um passageiro aprendiz.

A garota cresceu, seus olhos ainda brilham, mas não aqui.

Hoje a relembro sorrindo, tornei-me tolo e ela frágil.

Mas não iremos brincar de morte, viver para sofrer,

ou buscar a sorte.

O melhor é lutar, mas não entre nós,

apenas contra os únicos que poderão nos derrotar,

vossos corações, por que enquanto tivermos o poder de sentir,

teremos o de controlar a dor.

Agora está tudo bem, sabemos o que aconteceu e

prendo-me apenas à sorrir, talvez não se trate de perdoar,

só de aprender a nos dá com uma nova cicatriz.

No fundo ninguém é santo, pois machucar,

nem sempre é consciente quanto amar, eloquente

quanto acreditar, ou fortuito quanto se apaixonar.

E um mero aprendiz, aprende a chorar sorrindo

e a regar com lágrimas o passado, para que no futuro

as dores se tornem apenas frutos apodrecidos que irão cair,

de um imensa e bela árvore chamada vida.

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 31/12/2013
Reeditado em 31/12/2013
Código do texto: T4631748
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