A Menina do Interior

A vida nos prega peças, Tão linda que conquistou,

Que nem se vendo acredita. Centenas de corações,

Uns vivem bem sossegados, Homens de todas idades,

Outros sofrendo a desdita, Meninos, moços, varões,

Assim, vou falar da vida, E, com seus belos aperos,

De uma menina bonita. Dividindo opiniões.

A beleza nesse caso, Poucos homens resistiram,

Não terá muita importância, Ao seu olhar fascinante,

O fato é que a tal menina, Cabelos pretos anelados,

Que eu conheci criança, Corpo bem feito, elegante,

Parecia que pra ela, Se não quiser ficar louco,

Não haveria esperança. Melhor é ficar distante.

Nasceu lá no Rio Tejo, O olhar dessa menina,

Subúrbio do interior, Reflete na noite escura,

No lugar; Porto das Pedras, Seus lábios lindos, ardentes,

Foi lá onde se criou, Parece maçã madura,

E, até a 4ª Série, No peito, muçus turgidos,

Com sacrifício, estudou. Quase nos leva a loucura.

Era assim que acontecia, As faces daquele rosto,

Antes de noventa e dois, Faz deixar a alma louca.

Foi votado o Plebiscito, Te amarias toda a vida,

Somando de dois em dois, Mas, a vida é curta e pouca.

Foi criado o município, Falar nesse anjo da terra,

Em poucos tempos depois. A minha voz está rouca.

A menina de quem falo, O corpo tem a beleza,

Veio morar na cidade, Da mais perfeita figura.

Estudou e, hoje em dia, Seu olhar tem a firmeza,

Está fazendo Faculdade, Da mais pungente candura.

Só não mora mais aqui, O seu rostinho perfeito,

Sumiu pra outra cidade. Nem precisa usar pintura.

Mas, o mais interessante, Tudo nela é só beleza,

É como ficou tão bela, Onde a vaidade combina,

Era uma menina feia, Sua elegância se trunca,

Esquisita e tagarela. No andar, que nos fascina.

E, tornou-se uma beldade, Parece um anjo dourado,

Fascinante, esbelta e bela. Banhado pela neblina...

Eu vivo sempre pensando, Esses versos que escrevo,

De onde vem tanta beleza, Não mostra o mundo de alguém,

Se é presente divino Mas, um pouquinho da vida,

Ou da própria natureza, Do pouco que ele tem.

Pois que eu conheça, não posso, Contei parte de uma história,

Igualar tanta nobreza. Da humildade que tem.

Se eu pudesse alcançar-te Ao findar, peço desculpas,

Talvez te fosse fiel,,, Pela minha ignorância,

Muito embora me tratasses Ir mexer com quem está quieto,

De um modo bruto e cruel, Um conceito de arrogância,

Eu viveria sorrindo, Mas, sentimento e grandeza,

Com minha taça de mel. Amor, ternura e beleza,

Sempre trazem a esperança.

Mas, o nosso pensamento,

Nos mostra coisas incrível, Não sei porque nesse mundo,

Fascínio sem realismo, As coisas são sempre assim,

Onde sei que é impossível, Um luta e tem bom destino,

Porque pra minha esperança, Outro o destino é ruim,

Não há solução cabível. Veja essa linda donzela,

Não sou nada para ela,

Descrevê-la como faço, E ela é tudo para mim...

Precisa ter coração,

Conhecer todos caminhos,

Nascidos de uma paixão,

E saber que, bem mais tarde,

Talvez encontre o perdão.

Gedeão Cavalcante
Enviado por Gedeão Cavalcante em 04/01/2014
Reeditado em 01/04/2014
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