A valsa da minha vida

Meus dedos dedilham a melodia da poesia num violão chamado amor. O som se distende das cordas - afinadas - de um coração habituado a cantar. Sou guiado pelas pestanas sagradas do meu íntimo sincero. As notas musicais se intercalam nos meus dedos cansados, quase rachados, de tanto compor a esperança que minha alma exterioriza através dos olhos. Hoje sou desejo cantarolado; sou segredo cifrado por composições alimentadas com a crença irredutível no amanhã. Acordo suscitado por acordes enfeitados em inigualável pureza, numa doçura tilintada em fiel sintonia com os meus sonhos mais ternos. Sou objeto de um amor eloquente, de um verso envolvente. Sou o sujeito que torna esta música a mais bonita de ser ouvida: a valsa da minha vida.