"NÃO ME TOMA POR FARSANTE"

Como se tudo me fosse permitido,

assim me despiria : de coisas sem importância

para voar mais alto

e não me deixar prender por convenções e erros.

Assim, liberto e de verdade inundado estarei..

Áspero é o caminho, mas descalço de coturno bronco,

poderei oferecer-me aos pistilos do sol.

Não me toma por farsante.

Nesta hora em que me entrego

terno, etéreo,

verdadeiro

por saber-me carne, alma e furta-cor do peito,

com um molho de sálvia como bandeira

a me mostrar inteiro.