E-MAIL PRA MIM ( quase inteiro ) de: Osmarosman Aedo

De que lágrimas falam tanto os poetas

Senão aquelas que distanciam a calma da insegurança?

De que tanto falam estes poetas

Quando reagem tensos, ante tantas reticências

Em tuas entrelinhas?

De que sonhos revestem os poetas tuas luas,

Senão as insônias que se perdem em noites de chuva

E se acham pelas manhãs que calam ante tantas perguntas?

De que diabos vive os poetas?

Por que sobrevivem a tantos caos sem sequer se oferecerem

Em sacrifício, ao carrasco que em nós nos espreita todos os dias?

De que pontes tanto falam estes poetas

Se nunca os vejo sair detrás da caneta e só teus olhos encostam no chão?

Por que poetas não adoecem?

Será que invulneráveis prostram-se pro destino, heróis da exatidão?

De que amores de aço e outros de papel crepom tanto escrevem estes poetas,

Se de tuas musas vezes desnudas de ilusão, sucumbem palavras

Cuja ordem não se justifica com a razão de tuas vertentes?

Poetas tem mãos na imaginação?

Poetas sobrevivem mesmo com tuas derivas não encontrando as margens?

De onde são os poetas?

Há registro do primeiro poeta?

Pode alguém responder por favor???....

perguntam: Por que desejas tanto estas respostas indagador?

respondo: Porque preciso ser um deles, para que desperte deste pesadelo em mim.