T R I N A

A chama me queima toda, todinha

A chance de ser tres, trio, trina…

Até me encanta

O fogo amarelo da manipura tenta

Trazer a dourada sabedoria divina

Para esta mente renitente e equivocada

Eis aí a razão das migranas noturnas.

Circunda-me agora a força azul,

O poder da divina graça

Invade meus bilaterios

Fazendo meus frágeis braços

Empunhar em uma mão espada afiada e mortal

E na outra com uma luva de rendinha para alisar

Pobres cabecinhas reptilianas

Ah! Ninguém merece!

Daí pelo outro lado vem esta chama

Tão rosinha, tão rosinha

Amor puro de menina e de mocinha

Mas que não me ilude nem um pouco:

Pois a principio vem da vermelha,

escarlate e flamenjate Mundalarara

Forças primitivas, ancestrais, fincando nossos

Pés no chão nas brasa da foqueira do desejo e do prazer

E pasmem que é bem dentro do meu sofrido coração

Num certo trono, com manto, coroa e cetro

Que Deus me coloca este minúsculo vulcão

E Jesus o Cristo me aponta com um dedo

Todos os dias da minha vida

No quadro desbotado na parede da sala de minha avó:

Que eu sou um tanto quanto divina, que o paraíso reside em mim

Que a felicidade provavelmente estará lá a me esperar

Tudo bem pois basta você confiar em você e só em você.

Simples e fácil assim…Amém!

Franz Znarf
Enviado por Franz Znarf em 21/04/2014
Reeditado em 21/04/2014
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