Súplica

Sou um homem de tendas, como Jacó, amo o conhecimento do DEUS VIVO, me aborreço com o mal e me derramo perante ELE em orações e lágrimas, pois conheço a minha miséria.

A minha alma é como um pássaro que de tarde voa pelos campos e cidades e pousa no galho mais alto da árvore mais alta e observa os homens enquanto espera o poente e canta um canto triste que traz toda a dor de uma humanidade caída e separada do Criador e Pai e que vagam endurecidos pelo pecado, indiferentes à falta de comunhão com seu Criador.

Tenho pena do homem e muito mais de mim mesmo, que sinto o tamanho de minha impotência, incapaz de alcançar minha própria salvação através de qualquer uma de minhas obras. Porque se o Ancião de dias se alegrasse com sacrifícios venderia tudo que eu tivesse e compraria animais para que todos os dias de minha vida eu sacrificasse um cordeiro ou novilhos a ti mas, não é isso que queres de mim, queres um coração puro e um espírito reto e obediência é o que queres. Minha alma se angustia e sinto me desfalecer ante a expectativa de minha morte que certamente um dia há de chegar. Se tudo acabasse com ela eu descansaria ou viveria de acordo com os desígnios de meu coração enganoso e corrupto, me entregando aos desejos de minha carne perecível, mas... Sei que minha morte será apenas o novo começo de uma eternidade incerta para mim, hoje...

Há para mim e para ti uma esperança na Raiz de Davi, na Alva Estrela da Manhã, no Leão da Tribo de Judá, Naquele que venceu a morte e foi glorificado, espero em sua promessa e tenho os olhos de meu espírito fixos nele, como um cão faminto ao redor de uma mesa farta. Sou tão pequeno diante dele que minha alma estremece só de lembrar-me de sua existência. Choro e faço mais uma prece: “Ó Senhor de toda a luz, lembra-te de mim no dia de tua volta, sou miserável, pobre, cego e nu, tem compaixão de mim no dia de tua volta, faz minha alma digna de estar na assembléia dos primogênitos, de alcançar a vida eterna, aprendendo em seu templo e adorando a sua santa presença, como agora faço. Deixe-a se alimentar da arvore da vida e beber da água viva, me deleitando para sempre na Tua doce e santa presença. Ensina-me a viver na perspectiva da eternidade, limpa a minha alma pois só os de alma limpa e coração puro verão a face do Pai...

Geraldo Rodrix
Enviado por Geraldo Rodrix em 11/05/2014
Reeditado em 11/05/2014
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