Saudade danada
Quando vejo a tarde cair suave e solitária
e o Sol partindo por de trás dos coqueirais
bate uma saudade imensa.
Quando vejo as ondas quebrando na praia
transformando-se em espuma
e as gaivotas partindo em revoada
bate uma saudade louca.
Quando vejo a noite chegando mansa e faceira
iluminada pela lua e enfeitada por estrelas
bate uma saudade danada.
Quando o Sol desponta viril
secando a última gota de orvalho frio,
num dia de primavera;
Percebo que passei a noite em claro
vendo seu sorriso raro sumindo por de trás
de minha realidade,
e ai morro de saudades.