Contemplação
Aquela velhinha, pobrezinha...
Que um dia foi criancinha,
De sua janela contemplava o mar
Não viu o tempo passar
Cabelos prateados, olhar distante
pensamentos em volto ao passado
Talvez não tivesse feito coisas
Que deveria ter feito
Talvez não tivesse vivido emoções
Que deveria ter vivido
Talvez não tivesse amado
Tanto quanto deveria
Arrependia-se?
Do que fez?
Ou do que não fez?
As perguntas ficaram no ar
E aquela velhinha, pobrezinha... De sua janela
Continuava a contemplar o mar.
E eu no maior engarrafamento,
em frete a baía de todos santos
Tive tempo para viajar...
Literalmente falando, nem tanto.