ATEMPORAL de: Osmarosman Aedo

Estes infernos que dentro,

ebuli algumas formas de ser;

Estes periscópios que sustentam-se

por entre os dedos de alegorias catastróficas;

Estas reversões de encontros

nunca denominados em si, encontros;

Estes dedais que alimentam agulhas

que sustentam remendos e que costuram vidas;

Estes desloucados pedidos de s.o.s

que mais parecem gritos sussurrados, por madrugadas silenciosas;

São estes os fantasmas que comunica-se com nosso exterior

ameaçando detonar as hereditariedades,

E quem nos coloca diferenciados dos demais

quando o assunto é, escrever...

Vigias então as palavras, como fossem orvalho e madrugada

E ao deleitar-te em manobras inspirativas,

trazes o leitor pra dentro de teus textos,

n’uma total consciência de que serás compreendido

E acorda desta atemporalidade que te atormenta a alma,

Quem sabe assim, após um banho

Com pétalas de flores dos jardins que te foram concebidos,

Tornes tuas investidas em chafariz de pássaros sem destino.

Osmarosman Aedo

2.000 e Nós