Como um anjo das asas negras

Imagine que minha mente é uma zona de guerra,

Com tiroteios de confusão e bombeamentos de ideias.

Imagine que minha ilusão é um lago negro

Onde mergulho de corpo e alma

Para aliviar um vazio que, no entanto pode se tornar pior.

Uma floresta que dança e chora em meio a dúvidas e medos humanos,

Enquanto o povo destroça uns aos outros

A procura do que seria o conforto e felicidade.

Na minha cabeça o tempo é sempre variado.

Previsões não funcionam aqui,

São imprevisíveis e enganosas.

Um dia lindo de sol

E uma calmaria rodeada de silêncio e anjinhos a dormir,

Entretanto não se deixe enganar,

Esses anjinhos só estão silenciados em sua própria dor,

Com seus olhos fechados seu coração chora,

E seus pensamentos estão a mil.

O tempo está nublado,

Nas ruas desertas o vento sussurra no calar da noite;

Serão os anjinhos com lágrimas sangrentas?

Ou só estão quietos curtindo suas próprias trevas?

Eles estão felizes, acredite.

Dormem como crianças cansadas

De um dia de correria e diversão,

Contudo seu mundo obscuro

Torna-se calmo ao som de uma música melancólica e prazerosa,

Com a sensação de mistério e o doce arrepio do medo.

Com desejo intenso de sonhar e viver,

Eles se perdem em seu mundo de fantasia.

Nesses sonhos você encontra uma bela floresta,

Tão encantadora que se perderá encontrando um castelo em ruínas;

Lá onde os anjinhos mais gostam de relaxar,

Eles correm e brincam, conversam e silenciam,

Choram e riem.

O céu agora está azul,

Depois de uma chuva um arco-íris,

E as gracinhas voam adentrando as nuvens,

Procurando uns aos outros

E rindo em meio a névoa branca,

Enquanto suas gargalhadas fazem doer suas barrigas,

Suas asas congelam e de repente eles caem.

E então tudo de novo começa.

Assustados pelas responsabilidades futuras

Suas angustias se torna o anseio de fazer bem ou não fazer nada,

A guerra predomina,

As dúvidas os desesperam

E o medo roda diante se seus corpos como sombras de escuridão e terror,

Mas um lago de magia e calma os chama;

E por fim, eles se rendem.