Olhos

Há momentos em que os dedos se calam, as horas não passam e cada respiração parece uma eternidade. Aquele frio na espinha, já tão conhecido, deixou de ser trivial. Borboletas flutuam e batem asas desordenadamente no seu aparelho digestivo. E por alguns momentos, o mundo é algo distante. O mundo externo, eu diria assim, pois o interno está em turbulência. A razão? Às vezes por demais clara, às vezes desconhecida. E no meio disso tudo, a vida corre. E tem de ser vivida. Feche os olhos. Imagine aqueles olhos. Esboce um sorriso. Abra os olhos.

Time to go, baby!