Digna de Você

As horas avançam e a noite é cada vez mais escura. Se eu não fechar os olhos, não sonho, não lembro, não durmo. Mas com o sono minhas piscadas são mais violentas. Mas não quero, não posso. Pois se permitir que meus olhos repousem acabo sentindo de novo aquela doce sensação do teu abraço. E não, não, senhor. Não sou digna de sentir a alma tão elevada. Não posso, não quero. Foram tantos os meus erros, e agora, de repente, me pego sorrindo ao lembrar você. Quando permito que meus olhos se fechem por mais de alguns segundo sinto como se ainda estivesse em teu abraço. Não! Que ilusão, meu Deus. Então revejo nossos textos, conversas e coisas. Parece que me amas. Parece que me odeias. Que fardo... Trazer em minha mente semelhante lembrança. Aquela doce lembranças, seu abraço apertado. O Destino lhe plantou em minha vida, agora tenho inspiração. Mas não mereço, não vou dormir. Mas nem assim te esqueço. Não posso tirá-lo de mim. Não posso, não quero. Quando te vir vou fechar os olhos, pra não te ouvir vou ouvir músicas que odeio. Mas o ar... A o ar... Esse ar que respiro, e tu respiras também. Esse céu que me cobre e a ti também, como um lençol azul que se estende pra nós dois. E aquela lua... Não, posso, não quero. Mas aos poucos meus olhos vão fechando, e fechando. Não posso evitar que o sono me tome em seus braços e me aqueça em sua magnitude. E vou adentrando o outro mundo, onde eu sou digna de você...

Pâmela Carla Himmeôn
Enviado por Pâmela Carla Himmeôn em 06/08/2014
Código do texto: T4912605
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