Tua Beleza

Da minha janela eu te vi novamente: passou levando o tempo contigo, deixando-me vazio de existência, desmaiado no íntimo, calado pelo ímpeto de não saber explicar se sumias no horizonte da rua ou se o horizonte da rua é que se escondia de ti, envergonhado por refletir a tua imagem.

Saibas que ainda estou aqui, no mesmo lugar, a te esperar...mas não poderei te ver regressar, pois levastes meus olhos nos teus passos, e penso que não retornarão mais a mim, e se o fizerem, estarão cegos, pois não se pode observar tua escultural beleza adornada em luz sem padecer irremediavelmente na cruz da escuridão.

Profano
Enviado por Profano em 08/08/2014
Reeditado em 08/08/2014
Código do texto: T4914124
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