O CORAÇÃO EM LAGRIMAS.

Grande parte da nossa vida, vamos encontrar os mais variados tipos de criatura, muitas das quais vão se tornar os nossos relacionamentos mais íntimos ou simplesmente uma aventura, e modificam por completo as nossas reflexões e pensamentos e a nossa estrutura, e é claro que alguns vão ficando pelo caminho, pois poucos são os relacionamentos que perduram com o passar do tempo, e assim, acabamos ficando sozinho.

Invariavelmente que alguns desses nós gostaríamos de voltar a encontrar novamente, talvez com um pouco mais de transformação, e não mais do mesmo jeito que foi no passado plangente, porem com os mesmos sentimentos que nos preenchiam de um objetivo e também de uma idealização. Mas, infelizmente, sempre que tentamos refazer uma relação perdida, comumente percebemos que o tempo desgastou e houve uma mudança radical em nossa realidade, que não deixou nada para recordar com uma saudade.

Sentimos o nosso coração sofrear, pelas lagrimas de um sentimento de lacuna a nos envolver, e a lembrança da perda persiste a nos escorvar, nos fazendo sofrer. Mas, à dimensão que vamos vivendo, começamos a perceber que isto é irremissível. Porque a vida se processa com muito dinamismo, durante o qual, ela altera a nossa conduta mental, assim como as outras pessoas, também eclodem em um sentimentalismo.

Quantas vezes pensamos em remexer no passado, e querer rever alguém que foi de grande importância pra nós, e uma aflição em querer reavivar um momento de uma felicidade já sem voz, e percebermos que é uma conclusão triste, de que já não existe, e não nos causa nenhuma afinidade.

Admitir esta situação é não ter mais confiança na dinâmica da vida, mesmo que ela seja uma voz de sabedoria. Diversas pessoas vão mesmo nos acompanhar por uma vida inteira, como companhia, ou em momentos que se fizerem primordial, e enriquecedores para ambas as partes, em se tratando de significado. Porem outras, e talvez a maior parte delas, serão nossos parceiros de estudo da vida como aprendizado.

Quando decidimos que o momento presente, deve ser recebido sempre de braços abertos, é necessário lembrar que essas perdas, decerto devam ser bem compreendidas e aceitas, ou vamos ficar sem a condição de abraçar, o que vem até nós, em quaisquer dos instantes, e refeitas como reflexo da atual realidade interna da nossa alma a se imanizar.

Que o pretérito venha sempre nos abençoando por todo o ensinamento que nos amparou, através do Amor, ou mesmo da dor. Mas que permaneça no seu lugar, lá bem longe das nossas memórias. Que faça parte do nosso atual momento apenas pelo privilegio, de continuarmos a viver, mesmo esquecendo que a vida é um painel de histórias.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 22/08/2014
Reeditado em 28/06/2018
Código do texto: T4932441
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