Atravessando Sete Mares...

                                            
Oh quão lindo é o mar...
Por vezes tenho a impressão de atravessar Sete Mares, como apenas um... e nessa travessia o mar tem me ensinado tantas coisas... humildemente, tenho me disposto a aprender.
Aprendi que é o mar quem dá as coordenadas... o navegador nada pode sobre a dinâmica do mar, a ele compete, apesar desta, saber navegar...

Um aprendizado nada fácil... inutilmente, por décadas tentei conter a força de suas águas... arrogância e ingenuidade, é o mar quem sabe dos seus movimentos!!! Ora bruscos, ora lentos... cabe ao navegador a eles se ajustar, criar condições de navegabilidade, resistir à força de suas águas desenfreadas, aprender a lidar com elas quando se fazem turbulentas e revoltosas, sem jamais desistir de navegar!!!

O mar é assim... democrático, aceita todos, porém tem sua forma de ser... com ele tenho aprendido deveras, ao experimentar ventos leves, brisas suaves, calmarias...ou ao enfrentar tempestades que parecem infindas em mar de águas turvas e revoltas...

Mas tenho aprendido que o que o mar quer da gente, é coragem para se independizar ao navegar... e, para isso ainda que custe, é preciso aprender a permanecer no timão apesar da condição... então sigo a navegar, sem impor minha vontade sobre as ondas do mar, ajustando-me às suas exigências, sem perder a direção de onde desejo aportar...

Meu querido mar, quanto encantamento há nessa travessia...
O mar é lindo demais e tem me ensinado tantas, tantas coisas...
O mar tem me oportunizado arriscar, emergir, mergulhar, inovar...
Assim, tem me provocado a nadar por águas nunca dantes experimentadas e, eu... eu tenho aceito seus desafios e me permitido encharcar-me em suas águas... são banhos de luz, banhos de vida, banhos de amor...

Ah, meu querido mar, somente tu e eu sabemos a dimensão desse amor que nos une... graças a esse amor, hoje sou capaz de construir barcos de papel para deslizar sobre tuas águas, quando estas se fazem serenas e me permitem navegar tranquila a sonhar... também, querido mar, é essa convivência de paz que construímos, que me faz repentinamente, sem me desestabilizar, transformar meus pequeninos barcos de papel em fortes barcaças, para suportar as turbulências de tuas águas revoltas em altas madrugadas... e, assim vamos indo meu menino mar, até chegar a hora do meu barco em tuas margens ancorar...
Gelci Agne
Enviado por Gelci Agne em 23/08/2014
Reeditado em 23/08/2014
Código do texto: T4933829
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