LONGE

Nas résteas sombreadas de lua.

No embalo dos galhos das caatingueira.

Os grilos ropem o silêncio da noite.

Tudo é tão deserto!

Ao longe luzes artificiais.

Estrondos.

Na noite do meu sertão.

Ha horas o galo já dormiu.

A coruja me olhou espantosamente!

Ao longe o grito da raposa quase enlouqueçida.

As pedras congelam.

Cheiro do manjericão junto a hortelã.

Boa noite.

As serras negras distãnte.

Eu vou indo.

A caipora está solta.

E eu sonho ainda.

Agosto.

Patricia de Carvalho
Enviado por Patricia de Carvalho em 31/08/2014
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