DOCES MANHÃS.

Derrepente.

Saltei da cama, era novo dia.

As borboletas faziam rodas no terreiro..

As vacas balançavam os chocalhos a badalar.

Tudo era novo.

Derrepente dia.

O sol nascia no maior explendor.

O pavão soltava seu eco rouco.

Era sentinela das emoções.

No palhol os ovos rompiam, e as futuras galinhas nasciam.

O jasmineiro, as margaridas desabrochavam demoradamente.

Era no canto da rolinha.

Era nas margens do rio que secara.

Era na sombra fresca do jatobazeiro.

Era na maliça que arranhara minha péle.

Era na oitiçica, na caçimba de àgua doce e potavél, no mel das jandairas, no estrume das vacas.

era no coaxá da perereca.

Era eu, você.

Doces manhãs.

Patricia de Carvalho
Enviado por Patricia de Carvalho em 02/09/2014
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