NAS TARDES.

Todas as tardes vou para a porta da cozinha para ver o crepúsculo.

Antes que o sol se esconda e você se vá.

Fico parada muitas vezes parecendo estátua.

Te imaginando aquí.

O vento bate nas árvores.

Miragem.

Refaço meu tempo.

Mundo perdido.

Ao longe o preá corre fugindo do cachorro.

Se agita as galinhas.

Vasta neblina.

A tarde é poesia.

No ponteiro do tempo esquecí os segundos.

Paixão violenta.

Doce veneno.

Velho pereiro.

Fuju das urtigas.

Foi no vento que fiz.

Aquela cantiga.

Evolução.

Patricia de Carvalho
Enviado por Patricia de Carvalho em 08/09/2014
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