ALÉM DA JANELA...

ALÉM DA JANELA

(Reeditando-me, pois é chegado o momento)

A janela aberta

Ofusca a minha retina.

Sinto os olhos da rua sobre mim...

Um olhar que me despe!

Um vento gelado arrepia os poros,

Me movo ( ou sou movido)

Sinto de novo os olhos sobre mim...

São muitos e já multiplicam-se!

Que pretendem?

Querem roubar o meu sonho?

Eu sei que estão do outro lado,

Ouço os gritos e vejo o concreto...

Se misturam... numa só fusão...

Não defino o sexo:

Mas sei que não são anjos...

Querem roubar o meu sonho!

Consigo levantar,

Fecho a janela...

Quero voltar a sonhar,

Já não ouço os gritos...

A paz retomada... o silencio...

Deixo que o sonho me leve,

Voando num frenético desejo...

Buscando... buscando...

O além... o muito além da janela.

Geraldo Rolim
Enviado por Geraldo Rolim em 21/10/2014
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