AMAR E SÓ AMAR

23.10.2014

Daqui de onde estou avisto a rua calma e serena, tão calma que parece esconder alguma surpresa, o vento passa lento pelas folhas das árvores as quais parecem bailar numa sintonia só, o brilho do sol não se faz intenso porém não há presença de nuvens a ofuscar, a própria sombra parece esconder-se de si mesma na intenção de não ser percebida, por quem a procura.

Um casal se encontra e de relance quase não se vêem, devidos seus passos apressados, mas tão logo se cruzam o tempo parece parar para os dois que em meio a seus sorrisos, leves abraços intimidados, jogam conversa fora, em gestos harmônicos, liberam o que de mais belo existe em seus seres, um sutil abraço se repete, uma caricia por parte dele em sua face, e leve deslizar de suas mãos feminina por sua cabeça enquanto seus rostos se tocam suavemente, o brilho de seus sorrisos é capaz fazer clarear tão intenso este espaço que parece ofuscar a luz do sol, mas como o tempo reserva um breve, brevíssimo espaços se dão conta da importância de sair da órbita e pousar em terras firmes e continuarem vosso cotidiano. Um beijo tímido, na verdade um selinho tímido, completa e finaliza o encontro repentino e cada um deles parte rumo ao corrido objetivo anterior a este encontro. Carregando em vossos corações o sentido de só amar e amar...

A praça permanece na calmaria de antes, com os transeuntes rumando a seus destinos não revelados... “Epílogo do dia” começa a preparar para a tarde que logo virá.

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Nelson Poeta da Silva
Enviado por Nelson Poeta da Silva em 26/10/2014
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