FUSO

Girando em fuso, rodopiando.

A linha encurtando o caminho,

fazendo um só porto.

Preso por entre os dedos semiabertos,

nas mãos que escondem as linhas.

As mãos, o fuso, o tempo...

Fazendo-se de forte para dar ponto

no pano de linho.

Remendos, arremedos, retalhos, trapos.

Teu corpo cresce confuso,

sem tomar a retidão, sem tomar a linha.

Pedro Simao Rocha Matos
Enviado por Pedro Simao Rocha Matos em 28/10/2014
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