Sobre muitas, e quase nada, coisas...

Quando? Talvez... O solo beijará o céu. E a noiva em seu véu dirá um não! Será certo ou somente um deslize de um reticente coração? O pássaro no último dos acentos chorará. O noivo enterrado em seus elegantes trajes não entenderá, mas sairá feliz, aliviado. Subirá no mais alto cume e de lá se atirará à liberade. Até quando? Nos perderemos em talvezes... Seremos o substrato de uma estrela a chorar? Resultado de indagações, ou um elo enterrado num minúsculo planetinha... Saberá a lua menina de olhos bem abertos, alerta como guardiã a esperar o ladrão? Quem saberá? Quem sabe a cartomante que não cobra por seus acertos, por suas poções e vive somente de doações em sua rica miserável mansão... O fusca que passa na rua escuta a última notícia sóbria... O homem pode ser feliz... Quiçá o problema esteja no verbo, pois opção demanda ação... E quem pode ser, se antes não agir?

Marcio José de Lima