A bruxa de negro

Eu abri mão de vários sorrisos

Eu escolhi arder às chamas da fogueira

Queimando devagar e continuamente

Por pecados que outros cometeram

Eu paguei todas as dívidas

Da minha avó, tias e primas

Eu assisti ao meu próprio velório

E renasci por entre as cinzas

Amaldiçoei os que me condenaram

A rastejar por ruas e ruas

Eu sou a filha mais nova

Da bruxa que vocês não queimaram.

A bruxa de negro | OUTUBRO DE 2014| M. Carangi

Izabel Reinaldo
Enviado por Izabel Reinaldo em 18/11/2014
Código do texto: T5040364
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.