ENQUANTO O AMANHÃ NÃO VEM
Lá está ele, o nosso amor de ontem.
Esteve à beira da morte
Caixão encomendado
Coroas de flores
Despetalar de rosas.
Mas eis que no último momento
Enquanto agonizava
E as "moscas" decerto já rondavam
atrás dos restos do que fomos
Ele assim ressuscitava
Voltou a respirar lento e sequelado
Que ferida de amor não cura rápido.
Ei-lo agora ainda tão fraco
Necessita de cuidados
Analgésico prá não doer
Anestésico prá não lembrar
Esparadrapo para curar
Sopra prá não arder
Prá não infectar
Coração ralado
Fraquinho, fraquinho
A "mosca" que pousa
Quer logo infestar.
E o nosso amor de ontem
Hoje ainda incerto,
Quem sabe o amanhã
Ainda possa salvar...